Superando as Perdas

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Infelizmente a vida não é só feita de coisas boas, também tem seus momentos de perda, dor e tristeza! E o maior desafio e a maior tristeza que alguém pode enfrentar na vida é a  morte. A tão inevitável morte, única certeza de todo ser humano. Ninguém nos ensina a enfrentar um sentimento como esse; não há como explicar, nem muito menos como se preparar para esse dia. Mas a certeza é que todos, invariavelmente um dia precisarão lidar com a morte.

A morte deixa dois caminhos para quem fica. O primeiro deles e o mais fácil é se entregar para a dor, viver em luto e se afogar nesse sentimento de vazio e impotência. A raiva, indignação, negação também aparecem.

O segundo caminho é admitir a perda, o vazio e seguir o caminho, enfrentar a dor e continuar a viver. Esse caminho é o mais difícil e doloroso, mas é aquele mais recomendado e saudável. O luto sempre vai existir dentro da pessoa, como alguém vai lidar com isso é que vai ser o diferencial entre se entregar e continuar a carregar as boas memórias de quem já partiu.

Após o choque da perda, a primeira sensação que virá é que a dor nunca mais passará. Mas todo luto necessita de tempo, e esse sentimento vai amenizar a medida que a pessoa se conformar com o que aconteceu e saber que a vida deve continuar, não importa o que aconteça.

Todas as pessoas passam por esse processo, o que muda é a intensidade com que ele ocorre. Quanto mais próxima é a morte da pessoa, mais esse sentimento vai se engrandecer. As pessoas lidam com a morte de forma diferente, mas isso não quer dizer que elas não sofram; só sofrem de formas diferentes.

Por pior que possa parecer, se fechar em luto não é a melhor saída. A memória da pessoa que se foi não pode ser preservada pela dor, e sim pelas boas lembranças que a pessoa que partiu deixou.

Continuar a vida não significa esquecer-se de quem morreu, e sim preservar viva a memória de quem não está ali para compartilhar os bons momentos. O apoio da família e dos amigos é fundamental para que a pessoa não se feche na dor e consiga amenizar o sentimento da perda.

Não há motivos para não chorar e sentir saudades de quem se foi. Isso é bom e até saudável. Libera todo o sentimento ruim que há na pessoa e faz com que ela libere um pouco da dor que está sentindo.

Apesar de toda a tristeza e dor, a vida segue. Não se entregar a dor e ao luto é manter viva a memória daqueles que já se foram. E quando se perde um ente querido ou uma pessoa próxima, as crianças também precisam saber o que aconteceu. Nada de usar eufemismos ou palavras mais suaves; elas precisam entender que a pessoa não estará mais ali. As crianças, assim como os adultos precisam lidar com o luto e ter a consciência de que passado esse período a vida continua.

Padre Fábio de Melo. 

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